"Diante de uma cultura ocidental fundada no fanatismo da razão, que desde Platão até o cristianismo buscaria a racionalidade a qualquer preço, tiranizando todas as demais esferas da vida e do espírito para domesticá-las, Nietzsche se insurge em nome dos "apetites noturnos" contra os quais a "hipertrofia da razão" quer "instaurar uma luz perpétua".
Evocando os instintos, o inconsciente, o sonho, a expansão ilimitada da exaltação corporal da vida, os sentidos e a "inocência do devir", Nietzsche encontra na embriaguez dionisíaca não apenas uma metáfora perfeita, mas também um veio histórico de uma potencialidade lúdica, orgiástica, festiva e excessiva em sua abundância pletórica de vitalidade."— lendo Bebida, Abstinência e Temperança na História Antiga e Moderna
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